Em Sento-Sé, norte da Bahia, o presidente do Comitê 9840 de Combate à Corrupção pela Ética e Dignidade na Política, Laurenço Aguiar, denunciou supostas ameaças de morte que estaria recebendo na cidade.
Em nota pública, o líder comunitário disse que já vinha sendo alertado por várias pessoas sobre os riscos de sofrer algum atentado. “É grande o número de pessoas sérias, de diferentes faixas etárias, que me alertam de forma indireta e diretíssima de que posso ser vitimado e apontam detalhes da natureza violenta da cultura local, citando características criminosas que o sistema política do município ainda insiste em, lamentavelmente, mantê-lo!”, afirma.
Laurenço disse receber conselhos para não ficar em casa com a porta aberta; abandonar ou limitar a militância e a luta política social; não andar na rua sozinho e nem até tarde da noite; não fazer caminhada na pista; ir embora do município e até usar colete à prova de balas. “Como se estivéssemos vivendo nos períodos mais nebulosos e ditatoriais”, lamentou.
Fazendo oposição ao atual prefeito Ednaldo Barros (PSDB), Laurenço deixou a entender que, se algo de mal lhe acontecer, as suspeitas devem recair no grupo liderado pelo gestor.
“Quero repudiar essa clara e lamentável intimidação, o que se apresenta como forte desejo de atentar contra a vida humana de quem, modestamente, como eu, tanto dedica sua própria vida na defesa de valores como a vida com paz, abundância, justiça social e o exercício pleno da cidadania! Sinto, portanto, o dever de propagar que se houver qualquer ato contra minha integridade física ou moral, de feitio direto ou indireto, existe um grupo político como autor ou coautor, suspeito de fato e de direito! Refiro-me ao grupo de poder local, centrado no governo municipal! Sinto a responsabilidade de informar, neste momento, também oficialmente ao Ministério Público, Órgãos de Direitos Humanos, de Segurança Pública, às Igrejas, aos Sindicatos e as Associações Comunitárias”, revelou Laurenço.