Em greve desde o último dia 29 de junho, os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Petrolina seguem o movimento deflagrado em todo o país e não dão sinais de quando poderão retornar às atividades.
As principais reivindicações da categoria junto ao governo federal são a revitalização e reestruturação física do instituto, já que os fncionários reclamam do sucateamento nos últimos anos; a recuperação do quadro defasado de servidores; a melhoria salarial do plano de carreira e a equiparação de salário e benefícios com os servidores do Legislativo e Judiciário.
Segundo o presidente da Associação dos Servidores do INCRA (Asincra), César Teixeira, há uma grande evasão de funcionários pela questão do baixo salário dos servidores. “Não tem quadro de pessoal suficiente pra acompanhar os assentamentos e nem fazer a regulamentação fundiária. Com essa estrutura, o órgão não pode exercer seu papel institucional de promover a reforma agrária efetivamente”, desabafa.
Outra queixa dos servidores do órgão em Petrolina é a não convocação de concursados há dois anos e a falta de novos concursos. “Do pessoal dos últimos concursos que foi chamado, grande parte já saiu. Na nossa superintendência regional existiam cinco engenheiros civis e hoje tem apenas um”, explica César Teixeira.
O Incra em Petrolina atende mais de 10 mil famílias em 25 em assentamentos, espalhados por 42 municípios. (da Assessoria)