Uma linda homenagem marcou a sessão solene, na manhã de ontem (10), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8 de Março) na Câmara de Vereadores de Petrolina. A iniciativa partiu da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, que tem à frente as duas únicas representantes do sexo feminino na atual legislatura – Maria Elena (presidente) e Samara da Visão (relatora).
A comissão ainda tem Wenderson ‘Pé de Galo’ Batista (secretário) e Zenildo do Alto do Cocar (suplente). Aliás, eles dois, juntamente com os demais vereadores homens, eram apenas meros coadjuvantes na solenidade. Ontem, a vez e a voz foram delas, que se encantaram com apresentais cênicas e musicais programadas para a ocasião.
Estavam presentes à cerimônia convidadas dos segmentos de comunicação, cultura, política, religião (entre outros). Evidentemente, a data consolidou-se como uma das mais importantes do calendário mundial. Mas seja aqui ou lá fora, os discursos e debates são muito mais voltados a lutar por ampliar conquistas do que exatamente para celebrar. E não é para menos.
Apesar dos claros avanços ao longo de décadas, as mulheres ainda não são vistas como iguais aos homens. Exemplo disso é o mercado de trabalho, onde ganham menos que eles; ou na política, onde são minoria absoluta.
A Câmara de Petrolina, mesmo, já chegou a ter seis mulheres vereadoras (na legislatura de 2008), que ficaram conhecidas como “integrantes da bancada cor de rosa”. De lá para cá, esse número caiu para duas vereadoras.
Mas é na segurança pública onde o cenário é mais desafiador. O número de feminicídios é alarmante no país. Cada vez mais mulheres são assassinadas pelo simples fato de serem mulheres. A implantação da Lei Maria da Penha, em 2006, trouxe sem dúvida um alento para minimizar os números da violência contra o sexo feminino. No entanto, as políticas públicas voltadas à defesa dos direitos das mulheres precisam ser ampliadas porque ainda são tímidas.
O evento de ontem na Casa Plínio Amorim serviu para enfocar todos esses tópicos. Se o 8 de Março deve ser celebrado, a data para as mulheres precisa ser, sobretudo de muita reflexão e luta. Afinal, essa legítima inquietude feminina em busca dos seus direitos já remonta há mais de 100 anos. Só isso.