Simepe emite nota expondo “cenário gravíssimo” da saúde pública estadual

por Carlos Britto // 08 de agosto de 2023 às 17:36

Foto: AMPE/reprodução

Preocupado com o cenário de precariedade agravado em que se encontra a saúde pública em todo o Estado, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) emitiu nesta segunda-feira (7) uma nota oficial da entidade, expondo pontos que classifica como “gravíssimos” e que necessitam de iniciativas urgentes do Governo Raquel Lyra. As demandas apontadas no texto foram apuradas durante as assembleias realizadas com profissionais que atuam na rede estadual de saúde e que, no último dia 18 de julho, optaram pela oficialização dos problemas através do comunicado. 

De acordo com o Simepe, a saúde do Estado está submetida a um déficit maior de profissionais nas escalas médicas, agravado pela portaria estadual que ordenou o retorno de profissionais cedidos a outros órgãos, a finalização de contratos e a redução de leitos. Outro ponto levantado na nota oficial é a insatisfação da população usuária do serviço, que infelizmente tem se transformado em agressões a profissionais, notadamente nas unidades de urgência e emergência.

Confiram a íntegra da nota publicada pelo Simepe: 

Nota Oficial 

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) vem a público manifestar preocupação diante dos relatos realizados pelos médicos da rede estadual de Pernambuco, durante Assembleia Geral Extraordinária, sobre a situação da saúde pública nestes primeiros seis meses do ano.

O cenário atual ultrapassa a precariedade em que os serviços públicos de saúde do estado já vivem. Pois a saúde do Estado está submetida a um déficit maior de profissionais nas escalas médicas, agravado pela portaria estadual que ordenou o retorno de profissionais cedidos a outros órgãos; a finalização de contratos; e a redução de leitos, como por exemplo o Hospital de Retaguarda em Neurologia.

A insatisfação da população passou a ser muito mais percebida, transformando-se em agressões a profissionais, notadamente nas unidades de urgência e emergência. O desabastecimento geral de medicamentos/insumos e equipamentos médicos/cirúrgicos tem causado um impacto direto na assistência aos pacientes, com restrições de atendimento e sobrecarga de outros serviços.

A assembleia reitera o pleito inicial de chamamento expressivo de médicos que aguardam a nomeação de concurso público para a recomposição imediata das escalas de plantão, e a abertura de leitos de retaguarda para mitigar a superlotação das grandes urgências/emergências da rede estadual. Por fim, os médicos clamam por melhores condições de trabalho: segurança, infraestrutura e abastecimento de materiais e insumos necessários para o atendimento de qualidade a ser oferecido à sociedade.

Diante dos desafios vividos e agravados ao longo deste último semestre, os médicos da rede estadual de saúde se colocam em estado permanente de assembleia. O Simepe segue ao lado dos médicos, lutando por estes, fortalecendo o movimento e dando voz ao maior patrimônio que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem, o patrimônio humano.

Simepe

Simepe emite nota expondo “cenário gravíssimo” da saúde pública estadual

  1. Marcos Macedo disse:

    Vamos contratar mais medico. Construir mais. Unidades de saúde. Contratar especialistas.
    Acabar com 02 vinculos no setor público. Já é hora de colocar gente nova pra trabalhar. Há médicos aos montes. A saúde pública precisa ser melhor administrada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários