Após as denúncias veiculadas na mídia local e nacional sobre irregularidades nas obras do PAC em Petrolina, o Simoscom (Sindicato Nacional dos Empreiteiros de Mão de Obra e Autônomos das Indústrias de Construção de Estradas e Pavimentação Obras Terra Planagem e Categoria Diferencidas) de Petrolina continua com as investigações em diversas cidades no Vale do São Francisco.

Segundo o presidente do Simoscom, José Augusto dos Santos o sindicato ainda está aguardando as repostas do Ministério Público no caso de Petrolina.  O Sindicato entrou com uma ação no órgão em outubro do ano passado pedindo apuração de  denúncias de irregularidades nas obras,  na documentação dos terrenos, como também de que as construções estão sendo realizadas por autônomos e agiotas. As obras são do Programa Minha Casa, Minha Vida financiadas através da Caixa Econômica Federal.

Ainda segundo José Augusto, o Simoscom tem apurado diversas irregularidades de obras do PAC em cidades como Afrânio, Lagoa Grande e Araripina. “Nós estamos acompanhando agora algumas obras em Araripina. Lá  existe indícios fortíssimos também  de irregularidades nas obras do PAC, na gestão do atual prefeito em parcerias com empreiteiras e estão ai distorcendo, deixando a desejar, há indícios de desvio de recursos públicos”, disse.

De acordo com José Augusto, outras duas cidades que o sindicato vem atuado são os municípios de Afrânio e Lagoa Grande. “Temos também a cidade Afrânio que detectamos irregularidades na gestão de 2008 até gestão atual. Encontramos também alguns processo em andamento no TCU no qual se referia a esse aspecto, só que nos antes já havíamos feito um apuramento comprovando também irregularidades. Já haviam duas obras que estava pagas e essas obras não foram  iniciadas”.

No município de Lagoa Grande o sindicato está colhendo material para entrar com uma representação no Ministério Público para que se apure irregularidades. “Em Lagoa Grande há também indícios de irregularidade nas obras do PAC, a gente está colhendo material para levar a o MP para que possa ser investigado”.

Outro orgão que está  na mira do Simoscon é  a Compesa. Segundo José Augusto o sindicato procurou o orgão para conversar. “A  gente já vem há uns dias atrás do gerente da Compesa, tivemos uma conversa com ele pedindo que a empresa tentasse melhorar sua atuação, que arranjasse uma forma melhor de trabalhar, mas até agora não chegou ao denominador comum”, ressaltou.

Segundo o presidente o sindicato  também identificou nas placas de obras realizadaas pelo orgão algumas irregularidades.” No momento está havendo uma obra na sede da Compesa. A primeira coisa que a gente aborda são as placas indentificatórias das obras. Uma placa diz que o recursos são do PAC outra diz que o FGTS. São esses tipos de coisas que deixa duvida e pra gente é indicio, e se ha indicio a gente vai atrás“, finalizou.