O Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (Seepe)/Subsede Petrolina realizou na manhã desta segunda-feira (18) uma assembleia com a categoria, de onde foi elaborada uma pauta de reivindicações. A entidade vai cobrar da administração municipal alguns itens que considera justos.
Ao Blog, a presidente da Subsede do Seepe, Ludmila Outtis Alves, argumenta que a prioridade é a construção do Plano de Cargos e Carreira da categoria, que até o momento inexiste na rede municipal. “Isso dificulta, inclusive, a qualificação dos profissionais, já que não há incentivo no município para o profissional se especializar, nem cursos de atualização”, informou.
Nesse contexto, segundo Ludmila, está ainda a implementação das 30 horas semanais para os enfermeiros e a convocação de aprovados no último concurso público (em 2018). “A gente tem hoje um déficit de profissionais para a Atenção Básica, e aí tem áreas descobertas, profissionais que estão sobrecarregados nas unidades, e não há convocação em grande número desses profissionais”, frisou. Ludmila conta que a própria administração criou 60 vagas para os concursados. Mas o Seepe quer também que os servidores que atuam por meio de contrato também sejam substituídos pelos aprovados no certame. “Principalmente na Atenção Básica é preciso haver um referenciamento desses profissionais, e o contrato não permite isso porque é muito rotativo”, explicou.
Ludmila e outras integrantes do Seepe estiveram à tarde na prefeitura para tentar uma reunião com o prefeito Simão Durando Filho. O grupo foi recebido pelo chefe de gabinete, Henrique Guerra, o qual orientou que o sindicato procurasse a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para dialogar sobre a maioria das reivindicações. Já quanto à convocação dos aprovados, a informação é de que eles serão chamados, mas não foi definido um prazo para que isso ocorra. “Uma das solicitações nossas foi um cronograma de convocação, mas disseram que não tinham como dar esse cronograma”, revelou.
Críticas
Ludmila inclui, também, a questão da valorização profissional. “A enfermagem é a principal base da saúde pública, da Atenção Básica. Sem essa categoria, com certeza a gente não teria vários avanços de prevenção de doenças, de vacinação. Então é mais do que justa essa causa. A gente pede inclusive, melhores condições de trabalho. Temos enfrentado no município unidades de saúde precárias com falta de materiais, falta de medicamentos. Isso também entrará na nossa pauta, para se reverter numa melhor assistência à saúde da nossa população”, ponderou. A presidente do Seepe lembrou que, assim como os enfermeiros e outros profissionais da linha de frente contra a Covid-19 foram exaltados no momento mais crítico da pandemia, é hora de terem seu trabalho reconhecido. Até porque, lembra ela, quem ainda está à frente do processo de imunização contra a doença são os enfermeiros.
Segundo Ludmila, atualmente em Petrolina 90 profissionais trabalham na Atenção Básica. Dentro da agenda de mobilização, a categoria pretende propor uma audiência pública na Câmara de Vereadores, além de pleitear uma reunião com o prefeito e com a secretária de Saúde Magnilde Albuquerque. A pauta completa será entregue ainda esta semana ao gestor, à secretária e aos vereadores. Ela não descarta uma mobilização nas ruas, caso o diálogo não avance.
Nessa LUTA e DEMANDAS requeridas pelo Sindicato da Enfermagem de PE, somos favoráveis e declinamos o devido apoio.