O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) lançou hoje (1º) sua Campanha Salarial Educacional 2018 com a temática “Piso e Carreira: Vale a Luta”. A campanha traz em seus argumentos a importância da atualização do piso salarial com repercussão na carreira do magistério.
O Sintepe realizou um estudo com base em dados do Portal da Transparência do Estado de Pernambuco em cima da remuneração média de servidores efetivos, durante o quatriênio de 2014 a 2017, de cinco secretarias de Estado: Educação, Saúde, Defesa Social, Fazenda, Planejamento e Gestão. O Sintepe considerou “remuneração média” como um valor entre todas as remunerações de um quadro funcional de uma secretaria, desde a mais alta até a mais baixa. “A análise permite avaliar a política salarial direcionada aos servidores públicos e quais são as prioridades da gestão“, declarou Fernando Melo, presidente do Sintepe, em entrevista coletiva de imprensa.
O estudo do Sintepe demonstrou que entre 2014 e 2017 a remuneração média dos trabalhadores em educação (professores, funcionários e analistas) subiu em um percentual de apenas 8,6%, acima somente da média dos trabalhadores da Saúde, que evoluíram apenas 7%. O salário médio da educação, segundo o estudo, ficou em R$ 3.125,00. Na outra ponta do relatório, a evolução dos salários dos servidores da Secretaria de Planejamento e Gestão, por exemplo, cresceu em 49% nesses quatro anos. Os servidores da Fazenda, além de lograr uma evolução das remunerações em 33,5%, detêm a maior média salarial do Estado – em cerca de R$ 27.768,00.
Críticas
No seu estudo apresentado, o Sintepe também criticou o alto número de contratos temporários na educação. Para o Sindicato, esse número em sala de aula atingiu uma média alta, de 37% do total de servidores da Educação. Em 2017, de um total de 43.568 servidores, 16.001 eram temporários e outros 282 eram comissionados.
O Sindicato convocou a categoria para uma assembleia geral, no dia 22 de fevereiro, às 9h, no auditório do Bloco G da Universidade Católica de Pernambuco. Na oportunidade, serão avaliados os rumos da mobilização da categoria. “Consideramos que 2018, pelas suas características eleitorais, impõe um limite para o reajuste de seis meses antes do pleito. Isso exige uma concentração de esforços na defesa dos interesses da categoria e na luta pelo cumprimento da pauta de reivindicações entregue ao governo no dia 22 de dezembro de 2017“, analisou o presidente do Sintepe. (foto/divulgação)