A abertura de concurso público para suprir apenas 40 vagas de peritos criminais, com edital previsto para março próximo, está sendo questionado pelo Sindicato dos Peritos Criminais da Bahia (Asbac). Enoque Silva Santos, secretário-geral da instituição, enfatiza que o número de vagas oferecidas é muito pequeno para atender a demanda.

“Hoje a polícia técnica tem 352 profissionais em seus quadros, 226 na capital e 126 no interior, ao passo que o número considerado satisfatório para suprir as necessidades da Justiça hoje é de cerca de 600 profissionais”, esclareceu.

Segundo Enoque, a realização do concurso – que é fruto de uma ampla articulação envolvendo sindicato, governo e Polícia Técnica – vem atender a uma demanda desses profissionais no interior baiano. Ele admite que embora na capital a perícia criminal conte com uma boa infraestrutura, há uma necessidade de interiorização do serviço, onde a situação é precária tanto em número de profissionais como de equipamentos de trabalho.

O último concurso para a Polícia Técnica no Estado foi realizado em 2005, mas os 137 aprovados só foram nomeados em 2007. Isso por causa do tempo para a preparação do profissional, que deve passar por várias etapas, inclusive por um curso de formação com duração de quatro meses.

Mesmo com o limitado número de vagas – o governo alega falta de recursos para ampliar – , a Asbac espera que sejam nomeados mais de 40 novos peritos devido à existência de um número grande de profissionais que deverão se aposentar nos próximos anos. “Sobretudo porque a lei prevê a existência de 220 vagas na Classe Inicial, gerando uma carência de outras 170 profissionais”, explica Enoque. As informações são da assessoria da Asbac. (Foto/reprodução)