Sinpol critica fim da Frente Parlamentar da Segurança Pública em Pernambuco

por Carlos Britto // 12 de maio de 2017 às 16:59

Para o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), o Governo do Estado, “demonstrando mais uma vez estar totalmente alheio às vozes das ruas e mais preocupado com sua imagem do que com a vida do povo pernambucano”, articulou a descontinuidade da Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública. A decisão seguiu a orientação da liderança do seu governo na Assembleia Legislativa (Alepe) e foi chancelada por 23 votos contra e apenas 7 votos favoráveis à manutenção da Frente.

Conforme o sindicato, o fato evidencia uma grave inversão de valores entre aqueles que, em tese, deveriam representar o povo pernambucano. “No momento em que todas as modalidades de crimes vêm disparando no Estado, quando a sociedade tem clamado por mais segurança e tem se sentido abandonada, os interesses políticos e particulares de alguns pesaram mais. O dilatado placar foi sintomático. Estamos entregues a um Executivo autoritário e a um legislativo majoritariamente subserviente. Ambos com planos e interesses que não conseguem ir além da eleição que acontece em 2018, obviamente ressaltando as raras exceções”, citou a nota.

O texto diz ainda que o Sinpol tem o dever de lutar por melhores condições de trabalho e a valorização do policial civil. Nesse sentido, pôde contar várias vezes com a atuação da Frente. Além disso, também assume a responsabilidade de contribuir com todo o povo pernambucano, apresentando gargalos e soluções para uma segurança pública mais eficiente. “A conturbada conjuntura do nosso país, com tamanho descrédito dos políticos, nos apresenta a necessidade de uma reinvenção, com novas práticas institucionais e republicanas”.

Para o sindicato, não mais se admite que questões meramente políticas se sobreponham a outras que são fundamentais. “A segurança pública de um estado inteiro e não pode ser usada como um “cavalo-de-batalha” sobre o tabuleiro de xadrez. O caso é literalmente uma questão de vida ou morte”, conclui a nota.

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