O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) protocolou na tarde de ontem (7) um ofício encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde (SES) e à Secretaria de Defesa Social (SDS), solicitando os detalhes nos critérios usados para a vacinação dos Profissionais da Segurança Pública no Estado. Segundo a entidade, Pernambuco recebeu, na última remessa, 394 mil doses de vacinas contra a Covid-19, enviadas pelo Ministério da Saúde, das quais apenas 2.500 doses do imunizante foram disponibilizadas aos trabalhadores da segurança pública – sendo somente 316 doses para os policiais civis de todo o Estado.
Como Pernambuco conta com cerca de 26 mil policiais e 12,5 mil agentes das forças armadas, além das guardas municipais, o quantitativo enviado é muito pouco para iniciar o processo de vacinação. Diante disso, os representantes da categoria de Segurança Pública expressaram de modo unânime a inquietação e descontentamento com o número ínfimo de vacinas disponibilizadas.
Na manhã da última terça (6), o presidente do Sinpol-PE, Rafael Cavalcanti, participou de uma reunião online com os secretários estaduais André Longo (Saúde), Antônio de Pádua (Defesa Social), e os deputados estaduais Eriberto Medeiros (PP) – atual presidente da Assembleia Legislativa (Alepe) -, Joel da Harpa (PP) e Delegada Gleide Ângelo (PSB), além de várias autoridades que representam entidades ligadas a todos os segmentos da segurança pública do Estado. Na ocasião foram apresentados os números das doses para o setor.
Cavalcanti ratificou como “frustrante” a quantidade de vacinas para a categoria. “Com 50 mil doses, por exemplo, nós conseguiríamos vacinar as polícias, as forças armadas e as guardas municipais, que poderiam ter sido contempladas na última remessa recebida pelo Governo, que foi de quase 400 mil doses. Percebemos, então, que o Estado acaba não tratando como prioridade nossa categoria, quando ele tem autonomia para isso, ou seja, aumentar essa quantidade de doses para a segurança pública. O que fica claro é que o profissional de segurança pública não é tratado como prioridade, ainda mais quando falamos de uma categoria que não pôde e não pode parar, e que está em várias operações, aglomerando-se, sem EPIs e sem testagem“, avaliou.
Calendário
O SINPOL-PE cobra um calendário de vacinação e seguirá acompanhando a evolução e resolução dessa demanda prioritária. Também deixa um alerta à categoria, caso essa reivindicação não seja atendida, para uma mobilização mais enérgica. “Precisamos saber os critérios utilizados para a vacinação destes policiais, de forma clara e objetiva, a partir das poucas doses disponibilizadas. Só vamos nos tranquilizar quando toda a categoria for vacinada em Pernambuco”, finalizou Cavalcanti.