Sintepe critica mudanças no Novo Ensino Médio aprovadas pela Câmara

por Carlos Britto // 14 de julho de 2024 às 16:02

Foto: Reprodução Sintepe

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação de Pernambuco (Sintepe) manifestou sua insatisfação neste sábado (13) com as recentes alterações no Novo Ensino Médio, aprovadas pela Câmara dos Deputados. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a diretora de Assuntos Educacionais do sindicato, Marília Cibelli, criticou duramente a decisão, destacando a remoção de melhorias aprovadas anteriormente pelo Senado Federal.

Marília Cibelli apontou o deputado pernambucano Mendonça Filho e o presidente da Câmara, Arthur Lira, como responsáveis por prejudicar a educação pública brasileira. “Mais uma vez, o deputado Mendonça Filho, em conchavo com Arthur Lira, atacou a educação pública brasileira”, afirmou Cibelli.

O Projeto de Lei aprovado pelo Senado havia incorporado diversas contribuições do movimento sindical e educacional, incluindo a obrigatoriedade do espanhol como disciplina e a restrição do ensino à distância a casos emergenciais. Além disso, o Senado havia limitado a contratação de profissionais de notório saber na educação técnica e profissional. Entretanto, segundo Cibelli, Mendonça Filho removeu esses avanços do projeto, favorecendo interesses empresariais.

“É uma afronta que o espanhol não seja uma disciplina de oferta obrigatória assim como o inglês, já que todos os países vizinhos ao Brasil falam a língua espanhola”, declarou a diretora do Sintepe. Ela também criticou a expansão do ensino à distância, argumentando que isso retira professores das salas de aula e prejudica a interação dos estudantes com colegas e professores. A contratação desenfreada de profissionais de notório saber sem a regulamentação do Conselho Nacional de Educação também foi alvo de críticas.

“Espírito privatista”

Cibelli destacou que o texto aprovado pela Câmara mantém o espírito privatista do Novo Ensino Médio implementado durante o Governo Temer. “O eixo privatista continua eficaz em seu lobby e direciona as políticas educacionais no Brasil”, lamentou. A diretora do Sintepe assegurou que haverá reação contra o que ela considera um desmonte da escola pública. “O Sintepe, filiado à CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), continuará lutando contra o desmonte da escola pública. Queremos uma educação pública gratuita, laica, socialmente referenciada, emancipada, inclusiva e de qualidade”, concluiu. As informações são do Sintepe.

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