O site pe360graus.com destinou uma longa reportagem sobre o potencial econômico do Vale do São Francisco. Escrita pelo jornalista Rafael Sotero, a reportagem faz uma menção específica às duas cidades mais importantes da região – Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia.
O setor já tem mais de 30 anos e movimenta quantia superior a R$ 740 milhões somente nas exportações de frutas, firmando-se como uma das regiões agrícolas com maiores índices de exportação. Além disso, o Pólo de Fruticultura de Petrolina e Juazeiro é responsável pela geração de mais de um milhão de empregos diretos e indiretos. A área cultivável tem cerca de 120 mil hectares, onde são plantados predominantemente uva, manga, banana, coco verde, goiaba, melão, acerola, limão, maracujá, pinha, cana-de-açúcar, tomate, cebola e outras hortaliças.
Ainda conforme a reportagem, a irrigação é uma técnica que supre a carência de chuvas na região, através de métodos que se adaptem a cada tipo de solo e cultura explorada, otimizando a produção e atraindo investimentos. Somente no segmento de frutas, o pólo responde por uma produção de um milhão de toneladas anuais.
Para se ter uma ideia, 98% da uva e 93% da manga exportada pelo Brasil são produzidas no Vale. Os fatores que favorecem a abundância da região estão ligados ao clima peculiar (único Semi-Árido tropical existente no planeta), capaz de proporcionar de duas a três safras anuais, além da baixa ocorrência de doenças, abundância de mão-de-obra e disponibilidade de água.
O site destacou também a produção de vinhos da região, responsável pela produção de oito milhões de litros de vinho por ano. Embora seja uma atividade relativamente jovem, com apenas 25 anos de existência, ela já assume um papel de destaque na economia. O pólo responde pela empregabilidade de cerca de cinco mil pessoas e detém 15% de todo o mercado vinicultor brasileiro, perdendo apenas para o estado do Rio Grande do Sul em quantidade de produção.
Atualmente, cerca de sete vinícolas atuam no pólo, sendo seis em Pernambuco e uma na Bahia. Somadas as produções, a quantidade de vinho alcançada por ano chega aos oito milhões de litros, com geração de R$ 50 milhões em negócios.
As uvas viníferas são plantadas em um espaço de 600 hectares, para onde diversas fazendas e empresas são atraídas devido à grande fertilidade e à existência de uma base tecnológica de produção irrigada. Para Gabriel Maciel, assessor técnico da AD/Diper e ex-secretário nacional de Defesa Agropecuária, os dois pólos unidos são de imensa importância para o Estado, visto que proporcionam à região prosperidade em diversos setores.
Ainda segundo o diretor, os pólos foram os primeiros a instigar a economia local: “o Pólo de Fruticultura Irrigada e o Pólo de Vitivinicultura são pioneiros na atração de investimentos e na geração de renda e emprego para a população do Semi-Árido do Vale do São Francisco”.