O meia Danilinho, que morreu aos 32 anos na tarde da última terça-feira (13), logo após um treino da Juazeirense, time que defendia há dois meses, foi enterrado na tarde de ontem (15) no interior paulista, em Arealva, distante 45 km de Bauru, sua cidade natal. Filho único, Danilinho deixou mulher e um enteado de 10 anos.
Em clima de forte de comoção, amigos e familiares revelaram que o atleta, que faria 33 anos no próximo dia 1º de abril, já traçava planos para quando a aposentadoria chegasse.
Segundo Edson Caçador, tio de Danilinho, ele queria seguir no futebol, de preferência perto da Chapecoense, time que defendeu em 2013, na campanha do acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Na Chape, o meia fez 13 partidas e marcou dois gols. Foi também em Chapecó que o meia conheceu sua atual mulher.
“O Danilinho, nas reuniões de família, não falava em data de parar, mas dizia que não queria se arrastar em campo, que só jogaria enquanto estivesse bem fisicamente. E que, quando esse dia chegasse, ele queria seguir no futebol, se possível em Chapecó, perto da Chape, ensinando os garotos a jogar futebol”, conta o tio.
Segundo Edson Caçador, a família trata o episódio da morte de Danilinho como “uma fatalidade”. Segundo os familiares, não há qualquer indicativo de negligência em exames ou mesmo no atendimento ao atleta, logo depois que passou mal, no fim do treino da tarde da última terça.
A dirigente Gerlani Maria, supervisora administrativa do Juazeirense, acompanhou pessoalmente o corpo do atleta durante o translado e representou o time baiano no velório, realizado na pequena cidade de quase 8 mil habitantes, e onde já estão enterrados os avós do meia.
Exames
Girlani Maria reforça que os exames do atleta estavam normais, sem qualquer sinal de anomalia. Danilinho fez sua última partida pelo Juazeirense no dia 21 de janeiro, quando atuou durante 61 minutos no empate em 2 a 2 do time do interior baiano com o Vitória, no Barradão. O Juazeirense é o líder do Campeonato Baiano.
Trajetória
Danilinho começou a jogar futebol ainda em Bauru, onde nasceu, fazendo apenas alguns treinos no Noroeste. Sem espaço, foi para o José Bonifácio, da quarta divisão paulista, onde assinou seu primeiro contrato como profissional.
Depois, o atleta seguiu para a Portuguesa Santista e peregrinou por vários clubes. Em Sorocaba, defendeu os dois times da cidade, o São Bento e o Atlético Sorocaba – por este, inclusive, excursionou para a Coreia do Norte, país dos dirigentes do time, que fechou as portas em 2016.
Também jogou no futebol goiano, no Atlético-GO e no CRAC, de Catalão, além do Remo (no Norte). Mas foi no Sul onde teve sua melhor fase, defendendo o Ypiranga-RS, Figueirense e a Chapecoense, quando subiu para a elite nacional. (fonte/foto 1: GloboEsporte.com / foto 2: divulgação)