Sobe para 3 número de mortos em desabamento de prédio condenado no Grande Recife

por Carlos Britto // 07 de julho de 2023 às 17:31

Foto: Bruno Campos/JC Imagem

Subiu para três o número de pessoas encontradas mortas após desabamento de um prédio no bairro do Janga, Paulista, no Grande Recife, nesta sexta-feira (7). Pela manhã, o Corpo de Bombeiros encontrou um homem de 45 anos. À tarde, os corpos de uma mulher e de uma adolescente também foram achados sob os escombros. 

O desabamento aconteceu em um dos blocos do Conjunto Beira-Mar. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Samu e Polícia Militar seguem no local realizando os procedimentos de resgate. O Corpo de Bombeiros, que conta com 87 profissionais trabalhando no local, estima que 20 vítimas ficaram sob os escombros. Dez continuam desaparecidas: quatro adultos e seis crianças e adolescentes. 

Uma idosa de 65 anos e um jovem de 18 foram encaminhados com ferimentos para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Uma adolescente de 15 anos foi levada para o Hospital da Restauração. Esta última passou por exames e o estado de saúde é considerado estável. 

O Hospital Miguel Arraes disse ainda que outros quatro pacientes também passam por atendimento. Eles tiveram ferimentos leves, como escoriações e cortes, e devem ter alta ainda hoje. O prédio tem três andares, além do térreo, cada um com quatro apartamentos. Vizinhos relataram que cerca de 16 pessoas estariam vivendo no imóvel condenado há mais de uma década. 

Mateus Silva disse que tinha saído do prédio minutos antes do desabamento. Por pouco, não entrou para a lista de vítimas. “Dez minutos depois que eu sai, o prédio caiu. Foi poeira, gente gritando, gente pedindo socorro. Fui o primeiro a filmar o que aconteceu“, contou. Conheço metade das pessoas que estão aqui (nos escombros). Tenho primos, amigos. Toda vez que a gente vinha aqui, a gente dizia para eles saírem do prédio, mas as pessoas não têm para onde ir. É muito difícil“, completou.

Repercussão

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o cenário de destruição e os gritos de desespero de testemunhas. 

Temos duas frentes de trabalho. Cães indicaram onde estão possíveis vítimas. Agora, estamos, com ajuda de voluntários e da Defesa Civil, tentando fazer os resgates. Os prédios aqui, como um todo, estão condenados. Não era para as pessoas estarem morando aqui, habitando esse prédio“, disse o coronel Robson Roberto, do Corpo de Bombeiros. 

A dificuldade nas buscas é ainda maior por causa da forte chuva, que pode, inclusive, ter contribuído para o desabamento do prédio. (Fonte: JC Online)  

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