A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em parceria com o Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realizará oficinas com mulheres e crianças indígenas desta terça (29) até sexta-feira (2/12), nos municípios de Sobradinho, Curaçá e Abaré (no norte do estado).
A iniciativa e uma continuidade ao Projeto ‘Conversando sobre Alimentação e Nutrição da Criança Indígena no norte baiano’. O projeto objetiva fortalecer as ações de aleitamento materno e alimentação complementar para os povos indígenas, e teve início em maio de 2014, nos municípios de Banzaê e Glória. É fruto de uma construção coletiva entre o Unicef, DSEI/Ba, Sesab, Secretaria da Justiça, Direitos Humanos e do Desenvolvimento Social (SJDHDS), Secretária de Educação (SEC) e Fundação Nacional do Índio (Funai).
Nos três municípios do norte do Estado, eme 2015 a média anual de aleitamento materno exclusivo nas crianças menores de seis meses foi de apenas 28,32%, enquanto a média de aleitamento materno complementar foi de 71,67%. Em contrapartida, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que as crianças devem ser amamentadas até os dois anos de idade ou mais, e que 100% das crianças menores de seis meses devem ser alimentadas exclusivamente com leite materno.
Temáticas
As oficinas serão centradas nas temáticas do aleitamento e alimentação complementar, considerando a importância de implantar e fortalecer ações que promovam melhorias de qualidade de vida para a população infantil. Nesta fase, a alimentação é reconhecida como um fator crucial para o saudável desenvolvimento físico e psicológico da criança. Salienta-se ainda a potencialidade da prática do aleitamento e da alimentação complementar apropriada na redução da mortalidade infantil, bem como na prevenção de doenças que comprometem o estado nutricional, a exemplo da diarreia.