Suposta carta de detentos do CPJ denuncia maus-tratos; Direção da unidade rechaça informação

por Carlos Britto // 11 de dezembro de 2017 às 17:30

Conjunto Penal de Juazeiro (CPJ). (Foto: SSP-BA/Divulgação)

Uma carta que teria sido escrita por detentos do Conjunto Penal de Juazeiro (CPJ) e circula em grupos de WhatsApp – inclusive enviada ao Blog – relata maus-tratos e tortura dentro da unidade prisional. Na suposta carta, pede-se para que órgãos como o Ministério Público da Bahia (MPBA), Tribunal de Justiça (TJBA) e Direitos Humanos da prefeitura supervisionem a unidade prisional, para que verifiquem a situação. Entre outras coisas, o texto também diz que os detentos estariam comendo alimentos estragados, e quem reclama é encaminhado para a “disciplina”.

Sobre o assunto, a reportagem do Blog entrou em contato com o diretor do Conjunto Penal, Manoel Tadeu, que rechaçou as informações contidas na suposta carta. Ele tachou a denúncia de “apócrifa” e “mentirosa”. Manoel Tadeu afirma que um juiz visita a unidade mensalmente e que uma equipe dos Direitos Humanos da prefeitura foi recentemente à unidade e constatou a boa situação do CPJ.

O diretor da unidade diz que come da mesma comida que os presos comem e até convidou a reportagem para fazer uma visita, sem agendar previamente, para atestar o que afirma. “Temos duas nutricionistas que trabalham aqui, comemos da mesma comida”, ressaltou. Manoel Tadeu contou que são quase mil pessoas na unidade – entre detentos e funcionários – e que o CPJ foi expandido, por isso os presos provisórios ficam separados dos sentenciados. “É uma nova doutrina adotada na unidade, tudo com conhecimento da Justiça”, finaliza o diretor.

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