Terra do gesso testa novo modelo de casas

por Carlos Britto // 24 de outubro de 2009 às 22:35

CasasPopulares1No fim do próximo mês, 20 famílias vão receber as primeiras casas de um conjunto habitacional piloto que está sendo construído em Trindade, no Sertão do Araripe.

Numa cidade localizada em pleno polo gesseiro, as residências não poderiam ser de outro material, ou seja, gesso. Ao todo, são 40 moradias para abrigar pessoas que vivem em áreas de risco, como habitações feitas de barro. A Caixa Econômica Federal (CEF) vai avaliar o serviço. Dependendo do resultado, o modelo pode passar a ser financiado pelo banco em todo o Brasil, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Cada unidade tem dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Os cômodos são distribuídos em 39 metros quadrados.

Se a habitação fosse feita de tijolos, custaria cerca de R$ 12.500, calcula o Sindicato da Indústria do Gesso (Sindugesso). Com o gesso, o valor cai para R$ 9.800. A quantia é rateada entre Caixa Econômica (R$ 7 mil), governo do Estado e Sindugesso, que arcam com os R$ 2.800 restantes.

Mas as vantagens não se restringem ao custo. Outro benefício é o tempo de construção: dois pedreiros erguem um imóvel nos padrões dos que estão sendo feitos no conjunto habitacional em apenas duas semanas.

Característica importante também é o isolamento térmico, fundamental numa cidade onde o termômetro chega a marcar 37ºC. “A diferença da temperatura dentro e fora da casa fica em torno de 4ºC. Além disso, o gesso oferece uma acústica superior e um melhor acabamento”, destaca o coordenador técnico do Sindugesso, William Carvalho.

“Nosso objetivo é potencializar o mercado de gesso na região. A gipsita é um mineral extremamente competitivo. Queremos agregar valor a esse produto”, afirma Norat. O Sertão do Araripe é responsável por 95% da produção de gesso do Brasil.

 

Fonte: Jornal do Commércio

Terra do gesso testa novo modelo de casas

  1. João Batista Matias disse:

    Sabemos que o Setão do Araripe, Oeste de Pernambuco, é um dos maiores polo de gipsita do Mundo.

  2. João Batista Matias disse:

    No primeiro comentário, questionei o fato da falta de atenção por não haver o nome da cidade do Sertão do Araripe, na qual está sendo desenvolvido o projeto de casas populares, construídas basicamente com gesso. Por curiosidade, mais tarde, consultei o link de comentários acerca da matéria e constatei que não havia nenhum comentário além do meu. No entanto, foi extraído parte do que escrevi, o que é lamentável. Pois houve uma correção no texto original acrescentando a cidade de Trindade. É ANTIETICO O QUE OCORREU, POIS NUMA DEMOCRACIA, A CRITICA É UM INSTITUTO DE EQUILÍBRIO PARA O DIREITO DE EXPRESSÃO.

  3. marcos disse:

    Isso não derrete não? pois aqui em casa se tem uma goteirinha de nada o forro de gesso fura, e se não furar ele desaba pois derrete.

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