Acompanhando de isolamento domiciliar o cenário da crise causada pelo novo coronavírus (Covid019), o ex-senador Armando Monteiro Neto (PTB) comentou nesta segunda-feira (23) a discussão que já acontece no Congresso Nacional sobre o possível adiamento das eleições municipais de outubro próximo. A discussão surgiu por sugestão do ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, em reunião por videoconferência com prefeitos das capitais. Mandetta acredita que as eleições em outubro seriam uma tragédia, pois haveria uma politização do combate à doença.
Para Armando Monteiro Neto essa é questão que está colocada no debate e não há como evitá-la. “É muito provável que não consigamos manter o calendário eleitoral porque todas as atividades inerentes ao processo eleitoral ficam, por assim dizer, prejudicadas e devem ser até secundarizadas, diante da crise e da mobilização que a sociedade tem que fazer”.
Mas o ex-senador alerta que é preciso ter muito cuidado para não consagrar algumas teses que são rigorosamente antidemocráticas, como por exemplo a de adiar as eleições de prefeitos e vereadores para coincidir com a de governador e presidente, em 2022. Para Monteiro Neto, prorrogar o mandato dos atuais gestores em dois anos não é razoável de maneira nenhuma.
“Eu acho que essa discussão tem que ser de forma equilibrada para não ferir alguns princípios do processo democrático, como a questão da temporalidade dos mandatos e, portanto, é preciso que o congresso examine isso tudo de forma muito equilibrada. Pode haver eventualmente a necessidade de se fazer um ajuste no calendário, mas não imaginar que se possa adotar essa tese de estender os mandatos atuais até 2022“.
Teste positivo
Na última sexta-feira (20) saiu o resultado da testagem do ex-senador para o coronavírus. O resultado foi positivo para o Covid-19. Na segunda-feira (16), Armando Monteiro sentiu sintomas de um resfriado e, como havia voltado de Brasília na semana anterior, achou por bem se isolar e procurar atendimento médico. O ex-senador está bem e já assintomático. Ele segue cumprindo o que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS), sob cuidados médicos e em isolamento social.