As discussões a respeito da pauta coletiva de reivindicação 2019, dos assalariados/as da hortifruticultura irrigada do Vale do São Francisco foram retomadas ontem (6), em Petrolina. A negociação seguirá até esta sexta-feira (8), com trabalhadores rurais, representações sindicais e a classe patronal.
Na última negociação, ocorrida no fim do mês de janeiro, os trabalhadores apresentaram como pauta de reivindicações o salário unificado em R$ 1.073,76, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) – a exemplo de calças e camisas com proteção UV -, a garantia de emprego para as trabalhadoras gestantes, além da manutenção de todas as conquistas da Convenção Coletiva do Trabalho (CCT).
“Esperamos que a gente saia daqui com bons resultados para a nossa base”, afirmou a secretária de jovens do Sindicato de Trabalhadores/as Rurais de Juazeiro (STRJ), Maria Samara de Souza.
O representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ailton Araújo, parabenizou os delegados sindicais por assumir a condução desse debate e a pauta de negociação. “Esse é um grande começo, para que a gente possa levar essa prática dos sindicatos, que não se colocam como lideranças únicas, pondo vocês como protagonistas, representando os seus colegas de trabalho”, confirmou.
Contraproposta
A classe patronal propôs a exclusão de 41 das 82 cláusulas existentes na CCT 2018. Alguns pontos prejudicam diretamente as mulheres, a exemplo da garantia de emprego para as gestantes, auxílio creche e abonos. Também foi sugerida a exclusão da proibição do trabalho, após a ocorrência de chuvas, a garantia de emprego/salário pós-data base, a jornada semanal de trabalho, entre outros. “Não podemos permitir que os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sejam retirados. Vamos continuar lutando para a manutenção das conquistas”, explicou o vereador de Juazeiro (BA) Agnaldo Meira, tambem presente nas discussões.
O debate está sendo realizado por sindicatos de Juazeiro, Abaré, Curaçá, Sento Sé, Sobradinho e Casa Nova (na Bahia); e Petrolina, Lagoa Grande e Belém do São Francisco (em Pernambuco), além do Sintagro, Fetag-BA, Fetaepe, Fetape, Contag, Contar e CTB.
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