O período de férias está acabando para a maioria dos alunos e a volta às aulas é sempre animadora. Rever os amigos, compartilhar experiências e o cheirinho do material novo, geralmente, são bons motivos para as crianças levantarem cedo da cama. Mas como nem tudo são flores, a Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE)/Imip de Petrolina traz algumas dicas para esse reinício.
1º) O principal é preparar a criança para voltar à rotina aos poucos – “Converse muito com o seu filho, explique a importância dos estudos, fale sobre as novidades que ele vai encontrar na escola e esclareça sobre as novas regras. Tente fazer as crianças dormirem mais cedo nos dias que antecedem o primeiro dia de aula e esteja disponível para tirar todas as suas dúvidas. Considero esse um bom começo”, pontua a psicóloga Tatyane Torres.
2º) Pense no lanche – “A boa alimentação é essencial para o crescimento e desenvolvimento dos pequenos. Uma lancheira saudável contém frutas, sucos e cereais integrais. Tente evitar os alimentos industrializados e que contenham altas taxas de açúcares, sal, conservantes e corantes”, alerta a nutricionista Paola Sousa.
3º) Escolha a mochila correta – “Dê preferência sempre às de rodinha. Uma mochila não deve conter mais do que 10% do peso corporal da criança. A postura errada e o excesso de peso na hora de carregar a mochila podem provocar problemas de crescimento irreversíveis. É bom lembrar que as mochilas de costas devem ficar de 30 a 20 cm acima da linha da bacia e que o puxador da mochila de rodinha deve estar ajustado. Essas medidas podem prevenir dores e disfunções musculoesqueléticas na coluna”, esclarece a fisioterapeuta Rosemary Gonçalves.
4º) Fique atento à saúde do seu filho – “A volta às aulas acontece em um período de aumento na incidência de viroses, então é preciso ficar atento e evitar levar as crianças doentes para o ambiente escolar. É possível aumentar a imunidade com uma boa alimentação, higienização das mãos adequadas, higienização das narinas com soro fisiológico e boas noites de sono. Manter o acompanhamento com o pediatra das crianças em dia também é essencial”, relata a coordenadora médica da UPAE, Bruna Spíndola.
5º) Seu filho pode precisar de óculos – Até 25% das crianças têm problema de visão e esse número aumenta no ensino fundamental. “Muitas vezes as dificuldades de aprendizado podem estar ligadas a problemas visuais não detectados. O ideal é que a criança faça o teste do olhinho ao nascer e o primeiro exame oftalmológico aos 3 anos de idade. Em casos de pais míopes o teste deve ser antecipado para 2 anos. A falta de óculos pode levar ao estrabismo e à ambliopia, que é o desenvolvimento desigual dos olhos e maior causa de cegueira infantil”, informa o oftalmologista Francisco Ferraz. Se a criança reclamar de dor de cabeça, sentar muito próxima à lousa, apertar os olhos para ler, andar de cabeça baixa, demonstrar sensibilidade à luz, tapar um olho com a mão e acompanhar a leitura com o dedo, procure um especialista. “Os problemas que mais afetam as crianças são miopia [dificuldade de enxergar de longe] e hipermetropia [de perto]. O tratamento, em geral, é feito com o uso de óculos”, finaliza.