Usinas nucleares: Faltam debates sobre o assunto

por Carlos Britto // 31 de janeiro de 2010 às 19:54

usina angra reisPoucos assuntos têm provocado tanto alvoroço em Petrolina como a eventual instalação de uma usina nuclear por estas bandas. Os sanfranciscanos – petrolinenses e juazeirenses, sobretudo – não querem nem ouvir falar nisso.

A catástrofe na usina de Chernobyl, em 1985, na antiga União Soviética, quando centenas de milhares de russos morreram por causa do vazamento de urânio, contribui para a desconfiança. Até hoje os sobreviventes ainda sentem na pele as consequências desse fato.

Os defensores alegam, no entanto, que a energia produzida pelas usinas nucleares é confiável, ambientalmente segura, barata e não emite gases tóxicos na atmosfera. Além do mais, gera milhares de empregos e renda para as regiões onde já existem.

O que está faltando mesmo, no caso do Vale do São Francisco, são debates que esmiúcem este tema tão palpitante. As informações ainda estão dispersas, poucas pessoas dominam o assunto e o pânico está tomando conta de petrolinenses e juazeirenses antes mesmo de uma discussão mais aprofundada.   

Por Antonio Carlos Miranda

Usinas nucleares: Faltam debates sobre o assunto

  1. Watergate disse:

    Todo matuto se assusta com qualquer nova tecnlogia.
    Um povo que não sabe nem o que é Internet, jamais vai entender o funcionamento de uma usina nuclear.
    Povo atrasado é assim mesmo!

  2. Bruno disse:

    Medo = Ignorancia! Comparar uma usina construida no seculo XXI com uma sucata feita com o que havia de pior na epoca da antiga Uniao Sovietica… É por essas e outras que nossa regiao é tao atrasada, quem naum gostar ou tiver medo que se mude! Impacto bem maior pro meio ambiente é causado por esse bando de lotes d fruticultura q derramam milhares d litros d veneno nas terras e no nosso rio!

  3. João Celso disse:

    Meu Deus, pra que esse alarmismo, caro jornalista? O pânico está tomando conta dos Juazeirenses e Petrolinenes? Onde foi que você viu isso? Isso é uma inverdade e toda notpicia deveria ser baseada em dados concretos, ou não?

  4. araujo disse:

    O que o governo trouxe para a nossa regiao: transposição sem revitalização, bolsa-familia, chapeu-de-palha e usina nuclear. Pense!

  5. LUZIA SILVA disse:

    USINA NUCLEAR É UM ASSUNTO MUITO SÉRIO. E SE USAREM A ÁGUA DO RIO NA REFRIGERAÇÃO DOS REATORES COMO NÃO DIZER QUE ISSO PODE CONTAMINAR O MEIO AMBIENTE. IGNORÂNCIA É PENSAR QUE ISSO É SIMPLES COMO O AR PURO.

  6. maria das graças disse:

    As pessoas ficam assustadas, porque não sabem do que se trata, inclusive muitos destes que falam de atraso e chamam quem se assusta com este assunto de ignorante e etc… é tão ignorante neste assunto quanto… De qualquer forma comparar com o acidente da antiga Chernobyl, localizada na Ucrânia é um pouco de exagero, de lá pra cá houve avanços consideráveis na segurança de usinas como esta. De qualquer forma este é o papel dos veículos de comunicação, estimular o debate!

  7. Carlos disse:

    Araújo concordo plenamente com vc o que refere-se a transposição e quanto as usinas “A Eletronuclear deve encaminhar ao governo Federal, até o fim de fevereiro, cinco propostas de locais para a instalação de duas usinas nucleares no Nordeste. Pelo menos uma, próxima do Rio São Francisco, está praticamente certa de ser encaminhada. Num país que está pesando em energia limpa e renovavel, não pdemos aceitar instalação de Usina Nuclear. Watergate os matutos com vc se refere pode até não entender de internet e nem de tecnologia nuclear, mais você deve ser filho de um desses matuto que sabe muito bem o perigo e o risco de ter uma usina nuclear aqui no vale.

  8. Carlos disse:

    Pois bem, lá vão nosso administradores pensar em projetos mirabolantes, agora com usinas nucleares no nordeste.
    Será que já não viram que enterraram muito dinheiro em Angra?
    Demais disso, por que não fazem como na Suécia, onde coletam todo o esgoto e fazem este virar gás para ser usado no aquecimento, no transporte publico e carros particulares?
    É ininteligivel o fato de que nosso pais tenha tanto exposição aos ráios solares e mesmo assim insistem a não desenvolver e utilizar a luz solar como fonte de energia.
    Tais medidas, se implementadas, não só diversificariam nossa matriz energetica, como teriam menor impacto no meio ambiente, além é claro de diminir os custos e desenvolver tecnologia limpas e uma indistria de base, fundamentada no respeito ao meio ambiente.
    Mas, que parece, as empresas energéticas valem mais que nós, pobres eleitores, pois vcs sabem quem financia as campanhas eleitorais milionárias de nossos queridos políticos….

  9. Claro disse:

    Vamos lá bem informados, nos escalreçam sobre as maravilhas das usinas. É um investimento mesmo, mas tem que ser discutido. Colocado os perigos e as vantagens. Como disse Maria das Graças, quem critica o medo dos outros também não sabem nada sobre o assunto.

  10. Fernando disse:

    Nenhum lugar em que se instala usina nuclear se desenvolve… digam-me o nome de uma cidade que tenha economia, população, desenvolvimento … Angra dos Reir!!! Petrolina dá de dez a zero… quem vai querer investir ao lado de uma usina nuclear? seremos apenas fornecedores de energia e nada mais.

  11. Bem Informado disse:

    Vamos ver os principais acidentes nucleares até hoje registrados (abril de 1998):

    Em 1957 escapa radioatividade de uma usina inglesa situada na cidade de Liverpool. Somente em 1983 o governo britânico admitiria que pelo menos 39 pessoas morreram de câncer, em decorrência da radioatividade liberada no acidente. Documentos secretos recentemente divulgados indicam que pelo menos quatro acidentes nucleares ocorreram no Reino Unido em fins da década de 50.
    Em setembro de 1957, um vazamento de radioatividade na usina russa de Tcheliabinski contamina 270 mil pessoas.
    Em dezembro de 1957, o superaquecimento de um tanque para resíduos nucleares causa uma explosão que libera compostos radioativos numa área de 23 mil km2. Mais de 30 pequenas comunidades, numa área de 1.200 km², foram riscadas do mapa na antiga União Soviética e 17.200 pessoas foram evacuadas. Um relatório de 1992 informava que 8.015 pessoas já haviam morrido até aquele ano em decorrência dos efeitos do acidente.
    Em janeiro de 1961, três operadores de um reator experimental nos Estados Unidos morrem devido à alta radiação.
    Em outubro de 1966, o mau funcionamento do sistema de refrigeração de uma usina de Detroit causa o derretimento parcial do núcleo do reator.
    Em janeiro de 1969, o mau funcionamento do refrigerante utilizado num reator experimental na Suíça, inunda de radioatividade a caverna subterrânea em que este se encontrava. A caverna foi lacrada.
    Em março de 1975, um incêndio atinge uma usina nuclear americana do Alabama, queimando os controles elétricos e fazendo baixar o volume de água de resfriamento do reator a níveis perigosos.
    Em março de 1979, a usina americana de Three Mile Island, na Pensilvânia, é palco do pior acidente nuclear registrado até então, quando a perda de refrigerante fez parte do núcleo do reator derreter.
    Em fevereiro de 1981, oito trabalhadores americanos são contaminados, quando cerca de 100 mil galões de refrigerante radioativo vazam de um prédio de armazenamento do produto.
    Durante a Guerra das Malvinas, em maio de 1982, o destróier britânico Sheffield afundou depois de ser atingido pela aviação argentina. De acordo com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, o navio estava carregado com armas nucleares, o que põe em risco as águas do Oceano Atlântico próximas à costa argentina.
    Em janeiro de 1986, um cilindro de material nuclear queima após ter sido inadvertidamente aquecido numa usina de Oklahoma, Estados Unidos.
    Em abril de 1986 ocorre o maior acidente nuclear da história (até agora), quando explode um dos quatro reatores da usina nuclear soviética de Chernobyl, lançando na atmosfera uma nuvem radioativa de cem milhões de curies (nível de radiação 6 milhões de vezes maior do que o que escapara da usina de Three Mile Island), cobrindo todo o centro-sul da Europa. Metade das substâncias radioativas voláteis que existiam no núcleo do reator foram lançadas na atmosfera (principalmente iodo e césio). A Ucrânia, a Bielorússia e o oeste da Rússia foram atingidas por uma precipitação radioativa de mais de 50 toneladas. As autoridades informaram na época que 31 pessoas morreram, 200 ficaram feridas e 135 mil habitantes próximos à usina tiveram de abandonar suas casas. Esses números se mostrariam depois absurdamente distantes da realidade, como se verá mais adiante.
    Em setembro de 1987, a violação de uma cápsula de césio-137 por sucateiros da cidade de Goiânia, no Brasil, mata quatro pessoas e contamina 249. Três outras pessoas morreriam mais tarde de doenças degenerativas relacionadas à radiação.
    Em junho de 1996 acontece um vazamento de material radioativo de uma central nuclear de Córdoba, Argentina, que contamina o sistema de água potável da usina.
    Em dezembro de 1996, o jornal San Francisco Examiner informa que uma quantidade não especificada de plutônio havia vazado de ogivas nucleares a bordo de um submarino russo, acidentado no Oceano Atlântico em 1986. O submarino estava carregado com 32 ogivas quando afundou.
    Em março de 1997, uma explosão numa usina de processamento de combustível nuclear na cidade de Tokai, Japão, contamina 35 empregados com radioatividade.
    Em maio de 1997, uma explosão num depósito da Unidade de Processamento de Plutônio da Reserva Nuclear Hanford, nos Estados Unidos, libera radioatividade na atmosfera (a bomba jogada sobre a cidade de Nagasaki na Segunda Guerra mundial foi construída com o plutônio produzido em Hanford).
    Em junho de 1997, um funcionário é afetado gravemente por um vazamento radioativo no Centro de Pesquisas de Arzamas, na Rússia, que produz armas nucleares.
    Em julho de 1997, o reator nuclear de Angra 1, no Brasil, é desligado por defeito numa válvula. Segundo o físico Luiz Pinguelli Rosa, foi “um problema semelhante ao ocorrido na usina de Three Mile Island”, nos Estados Unidos, em 1979.
    Em outubro de 1997, o físico Luiz Pinguelli adverte que estava ocorrendo vazamento na usina de Angra 1, em razão de falhas nas varetas de combustível. Na época ele declara: “Está ocorrendo vazamento há muito tempo. O nível de radioatividade atual é progressivo e está crítico.”

  12. Franco disse:

    pelo q sei, na california tem 2 usinas nucleares a poucos quilometros de los angeles. se alguem acha los angeles pobre se interne!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários