O presidente da Valexport, José Gualberto Almeida, confirmou nesta tarde, que é grave a crise dos produtores de uvas do São Francisco.
O dono da famosa marca de vinhos Botticelli informou que vários empresários já estão demitindo na região de Petrolina. “Eu já demiti 10% da minha força de trabalho e terei que demitir mais. Não dá para suportar as perdas. Quem tem uma visão clara do que vem por aí, já demitiu. Depois, vai acontecer o mesmo com os pequenos e médios, quando descobrirem que não terão como pagar os fornecedores”.
Os produtores já se encontraram com o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho, ex-prefeito de Petrolina. Curiosamente, há cerca de um mês ele criticou a imprensa local, por só falar em crise. Disse que ela não chegaria ao Estado.
“Precisamos da mesma solidariedade que a indústria automobiliística está tendo. Se isto não ocorrer, o banditismo vai voltar à região”.
“O problema é que, no Estado, a jóia é Suape. O vale é esquecido. Não temos um padrinho político. O BNB é conservador, o BB também”.
Alguns exemplos de cortes.
O empresário Aristeu Chaves, por exemplo, cortou cerca de 60% de sua força de trabalho, algo como 300 funcionários, e fechou sua fazenda de 150 hectares de uva.
Na Bahia, na mesma região do Vale, a empresa Logus Butia também fechou sua fazenda de 180 hectares, dispensando mais de 250 empregados, de acordo com a Valexport também.
José Gualberto contou que os problemas estão relacionados à frustração de vendas, principalmente na Europa. “Cerca de 30% da uva vendida vai voltar. Não vai ser comercializada porque o consumidor simplesmente não está comprando. Depois de viver guerras, ele estoca produtos não perecíveis”.
“Não há perspectiva de segurar o trabalhador no próximo ano. Temos uma briga histórica com o Banco do Nordeste e com o Banco do Brasil e os demais bancos estão sentados encima do dinheiro. Sem crédito, não há como plantar a próxima safra, fazer o custeio. Também não dá para reorientar a prodüção porque o produto, de alta qualidade, é feito para o mercado internacional, não tem como ser absorvido pelo nacional, além de ser perecível”.
Ele lamenta que os concorrentes, como o Chile, contem com crédito para superar as atuais dificuldades.
Fonte: blog do jamildo
Uma peça chave do desenvolvimento da regiao esta se rompendo, espero que os governantes abram o olho.
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o FBC foi infeliz em seu comentário sobre a imprensa e a crise,não tem jeito a inprensa sempre vai falar de tudo que esta no auge e a crise, essa vai pegar muita gente de cueca nas mão, aguardem.