Valgueiro, Aero e Cancão afinam discurso em cobranças a Paulo Câmara

por Carlos Britto // 18 de fevereiro de 2020 às 08:59

Foto: Blog do Carlos Britto

Acostumados a divergências na Casa Plínio Amorim, os líderes da oposição e situação, respectivamente Paulo Valgueiro (MDB) e Aero Cruz (PSB), além do 1º vice-presidente da Mesa Diretora, Ronaldo Cancão (PTB) – que também integra a base governista – afinaram o discurso quando o assunto é Estado. Na mais recente visita do governador Paulo Câmara a Petrolina, na última sexta-feira (14), os três afirmaram que faltam mais ações do Campo das Princesas para a maior cidade do Sertão.

Eles foram algumas das autoridades a recepcionar Paulo para a cerimônia oficial de inauguração da Escola de Tempo Integral (EREM) Professora Evanira de Souza Dias, no Bairro São Gonçalo, zona oeste – mais uma unidade implantada pela gestão estadual. Apesar disso, cobranças não faltaram.

Valgueiro, por exemplo, entregou ao governador um documento cum uma série de demandas para Petrolina em itens como segurança, zona rural, educação e saneamento.

Dizendo-se “um amigo pessoal” do governador, Cancão citou conquistas relevantes como a implantação do 2º Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (BIEsp), mas reconhece que a gestão estadual “deixa a desejar” não apenas em Petrolina, como nas demais cidades da região. “Petrolina é maior cidade do Sertão do São Francisco, o quinto maior PIB de Pernambuco, e precisa o governador ter os olhos voltados para ela, apesar de todo esforço”, ponderou.

Adversários, não inimigos

Aero também seguiu nessa mesma linha. Segundo ele, o fato de estar num ato administrativo do Estado, juntamente com os demais governistas e o prefeito Miguel Coelho (MDB), o qual havia solicitado a escola em tempo integral ainda quando era deputado, só demonstra que o governador, apesar de hoje ser um adversário, não é visto como inimigo pelo seu grupo. Aero argumentou ainda que sabe reconhecer os investimentos, mas também é necessário cobrar. “Precisa que o governo do Estado trabalhe de frente para o Sertão, não de frente para o mar”, pontuou.

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