Vem por aí mais uma audiência pública na Câmara Municipal de Petrolina para deliberar sobre o grave problema do desabastecimento d’água na cidade. A proposta partiu do líder da bancada governista, vereador Diogo Hoffmann (PSC), na sessão plenária de ontem (17).

Ele disse que apresentará na próxima sessão, amanhã (19), o Requerimento 570, solicitando a audiência que debaterá, mais uma vez, a questão na Casa Plínio Amorim. Segundo o governista, a ideia nasceu de outro requerimento (o 569) que apresentou ontem, pedindo providências urgentes à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) – responsável pelo serviço no município – para socorrer as famílias do povoado de Terra Nova, na zona rural, onde algumas delas estão há mais de 120 dias sem uma gota d‘água em suas casas.

Ele disse ter sido procurado por algumas dessas famílias e considerou “aterrador” o seu relato. Porém, segundo o líder, não é menos aterrador a situação de moradores do Bairro Henrique Leite e de outros moradores da área urbana, que passam pela mesma situação. “É impossível defender o que a Compesa tem feito em Petrolina. “A Compesa arrecada cerca de R$ 110 milhões líquidos. Desse valor, cerca de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões são utilizados para a manutenção da rede atual (de Petrolina), e R$ 40 milhões a R$ 50 milhões são enviados para Recife, de forma que apenas R$ 3 milhões são investidos em Petrolina”, revelou.

Hoffmann aproveitou ainda para contestar o oposicionista Ronaldo Silva (PSDB), o qual acusou a prefeitura de divulgar “fake News” sobre a implantação no município de um sistema de rodízio no abastecimento. Ele apresentou um relatório, conforme este Blog citou ontem, de uma reunião ocorrida no início da semana entre representantes da prefeitura, Compesa e Ministério Público de Pernambuco (MPPE), pela qual a Companhia se comprometeu em adotar o sistema.

Maria Elena

Sobre a audiência pública proposta pelo governista, sua colega de bancada, a vereadora Maria Elena (UB), havia o informado que já tinha apresentado na sessão o mesmo requerimento, antes dele, mas de forma verbal. Hoffmann, por sua vez, justificou que tinha dado entrada com o mesmo requerimento antes de Maria Elena. Ele aproveitou para pedir, com autorização dos demais colegas, que seu requerimento seja subscrito por toda a bancada.