Venda de milho a menor preço ajuda pequenos criadores de Petrolina

por Carlos Britto // 09 de agosto de 2012 às 13:38

Para ajudar os pequenos produtores que estão sofrendo com a estiagem no semiárido nordestino, uma operação está dando um desconto de quase 70% no valor de mercado para a saca de milho. Em Petrolina, muitos criadores de animais estão encontrando na medida a saída para alimentar os rebanhos. Em agosto, só na primeira semana, mais de 40 mil toneladas do alimento foram comercializadas.

O programa de distribuição é do governo federal, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e também tem a ajuda do governo do estado. Os criadores da região estão podendo salvar parte dos rebanhos, que estão sem comida por conta das plantações destruídas pela seca. “Está muito melhor aqui na região, porque o milho é muito caro, custa R$ 45 no mercado. Aqui, o milho é melhor, mais barato. São 1.500 kg para cada um. Já melhora muita coisa”, disse o criador Gildeci de Amorim.

Em Pernambuco, as sacas estão ainda mais baratas que em outras regiões do país. Numa reunião, na quarta-feira (8), entre representantes da Secretaria Estadual de Agricultura, a Conab e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, ficou decidido que o governo do estado ficará responsável pelo transporte emergencial de 4 mil toneladas de milho para abastecer os pequenos criadores. “O governo está custeando as despesas de transporte até Petrolina e em todo os polos do estado. Isso faz parte da operação; é uma das ações da Operação Seca”, explicou João Batista de Carvalho, gerente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

O preço de mercado do milho gira em torno de R$ 40 a saca. Na Conab, o valor cai para R$ 18,12. Porém, para comprar mais barato, é preciso que os pecuaristas comprovem que estão passando por dificuldades para alimentar os animais. Para isso, é preciso se dirigir ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais – que, em Petrolina, fica a Avenida das Nações, no bairro Gercino Coelho – munidos de RG, CPF e algum documento que comprove a atividade. No mês passado, o galpão da Conab na cidade comercializou 88 mil toneladas de milho. (do G1)

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