A crise hídrica que o país atravessa é de conhecimento de todos e ganhou espaço do debate nacional após a seca na região Sudeste. As cidades situadas às margens do Lago de Sobradinho, hoje com menos de 5% de sua capacidade, já começam a sofrer diversas consequências, inclusive no abastecimento humano. Porém, há quem acredite que o problema é decorrente da má gestão da água em toda sua Bacia.
De acordo com o vereador de Sobradinho, Adilson Ribeiro (PT), o município possui duas estações de captação de água, uma acima da barragem (no Canal da Batateira) e outra nas imediações do balneário Chico Periquito, abaixo da barragem, mas esta última foi desativada na gestão do ex-prefeito Luiz Berti.
Segundo o vereador, mesmo com o nível do Lago abaixo da média, se esta estação localizada abaixo da barragem não tivesse desativada não teria problema na captação de água. Segundo apuração do Ministério Público Federal (MPF), o município recebeu cerca de 17 milhões de reais e, mesmo com 10 termos aditivos, a obra completa nunca foi entregue às três mil famílias que seriam beneficiadas.
“O atual gestor, filho de Luiz Berti, tem se manifestado na mídia local atribuindo esta situação pela qual o município passa apenas à crise hídrica, quando na verdade acontece uma falta de gestão de algumas gestões anteriores e da gestão atual que prometeu e pouco ou quase nada tem feito pelo povo sobradinhense”, diz o vereador.
Para Adilson, é preciso alinhar a teoria com a prática, não bastando apenas o gestor reivindicar recursos federais se em nível local não está assumindo a responsabilidade enquanto poder público. O município já arrecada mensalmente cerca de 36 mil reais oriundos da compensação hídrica (Chesf) e do Fundo Especial do Petróleo, recurso este que, na opinião do vereador, deveria ser investido em estruturas hídricas. “Prefeito, o povo já está cansado de promessas e discursos vazios”, finaliza. (da Ascom)