Vereadores da Casa Plínio Amorim deixam diferenças de lado e enaltecem Osvaldo Coelho: “Referência”

por Carlos Britto // 04 de novembro de 2015 às 17:39

osvaldo coelho velório

Os vereadores da Casa Plínio Amorim afinaram o discurso, independente das trincheiras políticas que seguem, para enaltecer o ex-deputado Osvaldo Coelho, que faleceu no último domingo (1), aos 84 anos, vítima de um infarto em sua residência no Recife.

Confiram os depoimentos:

Ronaldo Silva: “Ele deixou um exemplo para todos nós, políticos. Inclusive para aqueles que estão entrando agora devem se espelhar na história desse grande baluarte. Íntegro, Dr.Osvaldo sempre olhou para os mais necessitados, principalmente os do Sertão, que depende de ações políticas. Ele foi o homem da irrigação, da educação, que transformou a área de sequeiro num grande oásis. Perdemos uma referência. Posso dizer que eu era um amigo, um filho, e ele era meu conselheiro. Ele me dizia, quando fui para a Câmara de Petrolina, para eu ir como aluno, e não como professor, e que fizesse como ele fez em mais de 40 anos de vida pública: que eu ouvisse mais e falasse menos”.

Manoel da Acosap: “Dr.Osvaldo foi um líder, um estadista que implementou um ritmo acelerado no desenvolvimento de Petrolina. Se a gente tirar a irrigação, a Univasf de Petrolina, ela vira uma cidade qualquer. Petrolina é hoje uma cidade de grande porte porque teve a figura de Osvaldo Coelho, que por muitos e muitos anos levantou essa bandeira. Eu ingressei na política pelas mãos dele. Foi ele quem abonou minha ficha de filiação e confiou que eu fosse presidente do seu partido. Vivenciamos hoje uma política suja, imunda, e Dr.Osvaldo entrou limpo e saiu limpo, em mais de 40 anos. Ele é uma referência para todos”.

Osório Siqueira, presidente da Casa Plínio Amorim: “Um grande homem, um grande político e uma grande liderança. É uma perda muito grande para Petrolina, Pernambuco e para o Brasil. Ele teve projetos importantes. Foi o deputado da Univasf, da irrigação, que deu continuidade às ações do seu irmão Nilo Coelho, a exemplo do Projeto Maria Tereza. Petrolina e o Sertão estão de luto”.

Dr.Pérsio Antunes: “O maior exemplo que Dr.Osvaldo pode deixar é o da ética, da moralidade na política. Acho que Petrolina e todo o Sertão perderam uma de suas maiores cabeças pensantes, que ao longo de quase cinco décadas foi um dos responsáveis pelo progresso da nossa região. Ele deixa um legado na educação de Pernambuco, do Brasil e de Petrolina. Foi ele quem sempre abraçou a causa das universidades (da UPE, do Cefet), que abraçou com todas as suas forças a irrigação na região. Foi ele quem deu a contribuição primordial, ao lado do seu irmão Nilo Coelho, para fazer de Petrolina uma referência mundial no que diz respeito à agricultura irrigada. Para mim ele foi um pai, um irmão, um amigo. Tudo de conhecimento que tive na política, quando aqui cheguei em 1995 através de Raimunda Sol Posto e de outro grande homem, José Coelho, tem a contribuição de Osvaldo Coelho. Fica a reflexão para os políticos mais jovens: que a ética, a moralidade e as ideias positivas de Dr.Osvaldo são o que devem florir”.

Maria Elena: “Ele foi um homem aguerrido, sério, e que soube conversar com os diferentes sem transgredir um milímetro de suas convicções, mas soube perseverar naquilo que lutava e realizou. Ele não só lutou pelo povo do campo, mas também pela educação. Começou com o IF Sertão e agora com esse grande patrimônio que é a Univasf. Então, Dr.Osvaldo é, apartidariamente, uma referência para qualquer geração e qualquer linha política. O maior legado que ele deixa é a do diálogo e da defesa intransigente de suas convicções”.

Alvorlande Cruz: “Só temos a lamentar a perda de Dr.Osvaldo. Um homem que fazia da educação uma ferramenta de transformação. Foi um visionário, um estadista, que junto com Nilo Coelho e demais lideranças transformou a área de sequeiro num polo de irrigação, de desenvolvimento, de geração de empregos, fazendo com que Petrolina se transformasse num local pujante e que muitas pessoas de fora investissem no Vale. Pernambuco está ficando órfão de suas lideranças. Primeiro perdemos Eduardo Campos, e agora Osvaldo Coelho”.

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