Nos últimos meses, várias mulheres foram assassinadas em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Os últimos crimes aconteceram no último sábado (19) na cidade pernambucana e ontem (21) na cidade baiana. Esses números não são apenas reflexo do crônico problema da insegurança pública que atinge todo o país, mas também um sintoma característico de nossa sociedade, o da violência contra a mulher.
Geralmente, os homicídios que envolvem mulheres como vítimas têm aspectos peculiares. A maioria dos casos são crimes passionais. A brutalidade dos últimos atos chocou a população. Ambas as mulheres foram brutalmente assassinadas com diversos golpes de faca.
No caso de Petrolina, onde foi morta a assistente educacional Claudiana Barbosa da Silva, de 24 anos, a polícia informou que o autor foi o próprio esposo da vítima, que fugiu após cometer o delito. O fato aconteceu no n-7 do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho, zona rural da cidade.
Em Juazeiro (BA), o caso aconteceu no Residencial Praia do Rodeadouro, nas imediações do bairro João Paulo II. A vítima também tinha 24 anos e foi identificada como Rildeny Modesto. Segundo informações policiais, o autor do crime seria seu ex-companheiro, que também fugiu após cometer o delito.
Vale frisar que a violência contra a mulher acontece principalmente dentro do seu lar e, muitas vezes, na presença de seus filhos pequenos. A sociedade sanfranciscana está chocada e as autoridades competentes devem, sim, dar explicações e mostrar o que estão fazendo para reverter esse cenário macabro. Lamentável.
Basta de Violência Contra as Mulheres!
Não são apenas vítimas de um sujeito perturbado, que as colocam na condição de objetos e, como tais, passam a ser propriedade privada de alguém. Elas são o alvo mais fácil de uma mentalidade atrasada, mas sempre presente nos argumentos de advogados de réus confessos de violência doméstica. Se a legítima defesa da honra é letra morta para a Justiça, ainda faz sentido para o júri popular composto por pessoas da sociedade. E essa é uma prova inequívoca de que ainda falta muito, mas muito mesmo, para que as mulheres estejam livres de séculos de opressão.
Só lembro que feminismo não é nem nunca foi representante das mulheres.