A antes improvável aliança entre o PT, do governador Jaques Wagner, e o PR, do senador César Borges, deverá ser sacramentada em conversa entre os dois líderes após o carnaval. É o que revelou o governador, em entrevista coletiva concedida hoje. “O PR é uma possibilidade real, está sendo discutido. Eu marquei para conversar com o senador César Borges para depois do carnaval. Os primeiros a saber dessa decisão serão os maiores interessados, que são os partidos políticos que estão caminhando junto”, revelou o petista, confirmando os boatos sobre a união dos partidos.
Wagner assegurou que uma das vagas da chapa majoritária deverá ser ocupada pela deputada Lídice da Mata (PSB): “O que está certo é uma vaga no senado para o PP, de Otto Alencar. Das duas que faltam, seguramente uma será preenchida por uma pessoa do campo de esquerda, dos partidos que caminham juntos. Existem 3 a 4 nomes para duas vagas e os nomes podem se movimentar”, disse, acrescentando na disputa os nomes do secretário Walter Pinheiro e do ex-governador Waldir Pires, “mas é muito difícil ter outro petista na chapa”, reconheceu. Ele destacou ainda que a decisão sobre aliança com o PR passará pelos partidos aliados.
O governador rechaçou a possibilidade de uma repactuação com o PMDB: “Questão do PMDB é encerrada, resolvida na Bahia. Não é o que eu trabalhei, nem Lula, nem Dilma. Mas é o real. O PT tem uma candidatura e o PMDB tem outra. Não temos porque ficar gastando mais energia com isso. Eu respeito a vontade deles. Eles querem se constituir como uma força política hegemônica ou a segunda força política, acho que é essa a conta do PMDB”, concluiu.