A dimensão política e social de mulheres transsexuais e travestis de Petrolina, os processos de autoafirmação que perpassam à identidade de gênero e a produção artística dessas mulheres estão no foco de uma web série documental que estreará na próxima segunda-feira (19), às 20h30. ‘Travessia’, como é intitulada, foi inspirada por obras do cineasta e jornalista brasileiro Eduardo Coutinho. O projeto expõe entrevistas e cenas do cotidiano de Killauea, Katarina Laviny, Luiza Brunah e Oraci que, enquanto ganham a vida como garçonetes, babás e cozinheiras, são também cantoras, rappers, atrizes e dançarinas.
De acordo com o diretor, roteirista e cinegrafista do projeto, Jackson Vicente, ‘Travessias revela dificuldades de mulheres trans e travestis sertanejas entre identidades marginalizadas e agentes culturais de transformação em uma realidade social ainda patriarcal, misógina e transfóbica. “A importância desse projeto reside no reconhecimento da diversidade e multiplicidade dos papéis que a comunidade transsexual e travesti de Petrolina exerce no processo de transformação da realidade social e da luta por uma sociedade plural, humana e cidadã“, enfatiza.
Nesse sentido, a rapper e compositora Naty Silva, de nome artístico Killauea, expressa grande satisfação em integrar esse projeto. “Ter a oportunidade de compartilhar nossas vivências enquanto mulheres trans e travestis artistas e sertanejas nos permite transgredir o lugar ao qual fomos submetidas historicamente enquanto identidades marginalizadas“, comemora. Para a cantora Katarina Laviny e a atriz Luiza Brunah, participar dessa ‘Travessia’ foi muito transformador e inspirador. “Foi uma oportunidade de bradar os direitos que a comunidade trans e travesti também possuem de construir perspectivas sobre o futuro e tornar possíveis seus sonhos; além disso, visibilizamos o engajamento social de mulheres trans e travestis sertanejas“, comentam respectivamente.
Já a artista visual e atriz Oraci acredita que ‘Travessia’ foi uma oportunidade de autorreconhecimento e afirmação de sua identidade travesti. “Tem sido uma oportunidade de demarcar mais uma forma transmutada de mim mesma a partir do reconhecimento político e social que meu corpo travesti ocupa na sociedade“, revela.
YouTube
A web série será disponibilizada gratuitamente pelo canal do Youtube Canoeiras Produções, em duas etapas, e contará com quatro episódios – dois deles disponibilizados a cada semana entre os dias 19 e 21 (1° etapa) e 26 e 28 de abril (2° etapa), sempre às 20h30. Cada episódio abordará as vivências de uma mulher por vez e oferece, ainda, recursos de acessibilidade para a comunidade surda. ‘Travessia’ é um projeto realizado pela Canoeiras Produções Culturais aprovado e financiado pela Lei Aldir Blanc do Estado de Pernambuco.
Que cultura!!!!!invertidos ou invertidas podem ser o que quiserem, Médicos, Engenheiros,Enfermeiros,Motoristas,Garçons,etc.etc, enfim, tudo o que quiserem ser, basta tão somente quererem, não precisam ser trans, basta ser gente e é assim que devem ser vistas ou vistos, quem quiser sair como falam do armário, tudo bem, quem não quiser também não é problema, só não concordo é com a difusão dessa idéia, principalmente entre as crianças.
Então você precisa rever seus conceitos. É por ideia como as suas que crianças se tornam transfobicas, que crianças são estupradas e assediadas pois não ensinam a elas sobre educação sexual e a não se calarem . São pensamentos e ideias conservadoras como a sua que deixam a sociedade cheia de preconceitos.
Só sendo com dinheiro público mesmo,tem sobrando.
Concordo com suas palavras.
Educação sexual é uma coisa. Igualdade de gêneros como queriam e querem ensinar nas escolas é outra coisa completamente diferente, aliás vamos muito mais além, é uma maneira de desestabilizar uma sociedade, destruindo os seus valores, esses são ensinamentos do Karls Max de como destruir uma sociedade.. Se com esses pensamentos posso ser incluído como conservador, então sou sim, não obstante posso dizer que não discrimino ninguém por suas preferências, para mim são todas pessoas, todas são gente, com igual capacidade de pensar e produzir, isto é, cada um manter o seu sustento através de um trabalho digno, seja de pedreiro, de garçonete, garçom, médico, arquiteto, desenhista, cozinheiro, vigilante, etc.etc., recrimino sim que atos que só dizem respeito a duas pessoas, sejam praticados para que outros vejam, sejam entre homens e mulheres ou outros, o rala e rola como diz o Sílvio Santos, só interessa a quem o está praticando, é uma coisa só sua. Sou careta? sou, não tem jeito, prefiro ser assim, não quero viver no futuro, sou retrógado mesmo, esses avanço não me interessam.