Policiais civis de Petrolina realizaram na manhã desta quinta-feira (3) a reconstituição do bárbaro assassinato do garoto Wallysson Pedro Souza de Sá, de 9 anos, ocorrido em outubro deste ano. Os trabalhos, que foram acompanhados pela imprensa local, foram conduzidos pela delegada Poliana Nery, que veio de Floresta (PE) – onde atualmente comanda a delegacia local – convocada pelo chefe dela, Lamartine Fontes, porque era Poliana quem estava à frente das investigações do crime que chocou a região.

A reconstituição começou pelo cenário da Academia das Cidades (antiga Praça da Sementeira), onde Wallysson foi visto pela última vez na companhia do morador de rua supostamente identificado José Cícero da Silva, de 43 anos, no dia 13 de outubro. Um dia depois do corpo do menino ter sido encontrado nas imediações da Lagoa de Estabilização ‘Mané dos Arroz’, no Quilômetro 2, a polícia agiu rápido e conseguiu prender José Cícero.

Ele confessou esse e mais um crime em Petrolina, além de ter sido acusado de matar outras vítimas em Santa Maria da Boa Vista (PE), no Sertão do São Francisco, e em Sobradinho (norte da Bahia). Na morte de Wallysson, o psicopata contou com a ajuda de um menor, vizinho da vítima, que morava na Vila Mocó e se encontra internado na Funase/Case de Petrolina. Encapuzado, ele também participou da reconstituição.

O assassino deu detalhes de como fez para se livrar do corpo do garoto. No local onde Wallysson foi encontrado morto, nas imediações da lagoa de estabilização, o morador de rua e o menor foram xingados por algumas pessoas que acompanhavam os trabalhos da polícia. A delegada Poliana Neri disse que os trabalhos foram fundamentais para fortalecer as provas contra o psicopata. “Não podemos deixar que um indivíduo desses vá para as ruas novamente. Queremos que ele cumpra a pena máxima, de 30 anos, e a reconstituição ajudou a rebustecer as provas contra ele”, argumentou. (fotos: Marco Aurélio)