Usando da sinceridade de sempre, o vereador oposicionista José Batista da Gama (PDT) voltou a criticar duramente a bancada governista na Casa Plínio Amorim, após mais uma polêmica ocorrida na sessão ordinária da última terça-feira (5), por conta da análise de dois projetos de lei enviados à Câmara pelo prefeito Júlio Lóssio (PMDB). Ambos pediam autorização para abertura de crédito especial de mais de R$ 15 milhões para investimentos nos setores de educação e infraestrutura da cidade, mas um dos projetos acabou retirado de pauta. O outro, votado em regime de “urgência urgentíssima”, foi aprovado.

Segundo Zé Batista, o prefeito tem a prerrogativa de remanejar a rubrica no momento em que lhe convier. Mas para ele, os vereadores da base de Lóssio poderiam ter um “pouco mais de paciência” para compreender o momento pelo qual o prefeito se encontra (em meio ao um processo de cassação), ao invés de agirem “açodadamente”, tentando forçar votações de projetos do Executivo.

Embora os governistas tenham justificado que os dois projetos do prefeito já se encontravam na Casa há tempo suficiente para serem analisados, Zé Batista lembrou que não havia, num primeiro momento, o caráter de “urgência urgentíssima” – como foi colocado em um deles.

O vereador até elogiou o presidente da Casa, Osório Siqueira (PSB), por reconhecer um equívoco da secretaria da Casa na elaboração do projeto, mas centrou fogo nos governistas. “Nós pedimos à bancada de situação um pouco de paciência para analisarmos o projeto para que entrasse na próxima reunião. Mas eles querem empurrar de goela abaixo, achando que somos idiotas”, afirmou.

Transparência

Após uma recente declaração de que, na legislatura passada, os vereadores da oposição foram tentados pelos governistas a votarem a favor da venda do Estádio Paulo de Souza Coelho em troca de um carro zero quilômetro mais a quantia de R$ 150 mil, Zé Batista ratificou que alguns governistas agem de forma “nebulosa” e “manobrista” na condução de projetos do prefeito. “Não vamos aceitar. Iremos votar contra, não à população de Petrolina, mas a forma inadequada que alguns da situação querem implantar na Câmara de Petrolina. Nós queremos que as coisas sejam feitas com critérios, com transparência”, finalizou.